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Foto do escritorOomoto do Brasil

Saudação da Quinta Guia Espiritual – A Grande Festa de Zuisei

Por ocasião do 129º aniversário da fundação da Oomoto — juntamente com o 150º aniversário de nascimento do Santo Mestre


(Traduzido do Esperando pelo Prof. Benedcito Silva)


Felicito-vos cordialmente pela Grande Missa de Zuisei, juntamente com o 150º aniversário de nascimento do Santo Mestre.


Agora podemos realizar, com grande sucesso, o Ofício Divino, juntamente com vocês, caros visitantes, que depois de muito tempo conseguimos receber para a Grande Missa de Zuisei. Por isso, é com grande alegria que exprimo a vocês meus cordiais agradecimentos.


Em particular eu agradeço a vocês, caros senhores, que, apesar do intenso calor, realizaram a visita de adoração do Terreno Sagrado, e que participaram também da festa, através da internet de diversas regiões de todo o país.


Quando, em julho, a estação das chuvas terminava, ocorreu em Atami um deslizamento de terras de grande extensão, com a deslocação de grande quantidade de lixo, em virtude da prolongada chuvarada. Também em outras partes do mundo, na Alemanha e na Bélgica, na Europa e na China, muitas vidas preciosas foram vitimadas por aguaceiros de grandes proporções. Muitas pessoas desapareceram sem deixar nenhum rastro, e é ainda incalculável o número de pessoas que perderam suas moradas. Todas essas catástrofes de grandes proporções foram causadas, pelo que se diz, não apenas pela fúria da natureza, mas também por causas artificiais. Tenho orado, com a plenitude de minha alma, para que, também no Mundo Espiritual, sejam felizes aquelas pessoas que foram vítimas das catástrofes ocorridas em diversas localidades do mundo, e também para que a vida diária dos seres humanos que sofrem pela falta de oportunidades, volte, o mais cedo possível, à normalidade.


No meio da estação pluvial, quando ainda caía a chuvarada que acabo de mencionar, no dia 10 de julho, graças à proteção do Senhor Deus, e, além disso, com uma bela natureza, foi celebrado no grande santuário de Izumo o ofício divino comemorativo do 120º jubileu do sagrado trabalho relacionado ao fogo de Izumo, bem como da Festa de Uta, de Izumo, e, juntamente com o ofício divino do jubileu dos 120 anos do sagrado trabalho da água de Moto-Ise, ocorrido em 30 de maio,— então pudemos, de fato, realizar nosso serviço. Agradeço, pois, com grande empenho.


Se olharmos para trás, o ano (há vinte anos) em que tomei posse como Guia Espiritual da Oomoto, foi de grande importância, isto é, foi o jubileu de 100 anos do trabalho sagrado referente à água de Moto-Ise e do fogo de Izumo; desde então, a cada dez anos eu cuidei do ofício divino comemorativo, sendo este o terceiro. No ano da era Meiji, isto é, há 120 anos, a Senhora Fundadora realizou uma viagem sagrada, e naquela época ela tinha a mesma idade que eu tenho atualmente. Por ordem divina, quase sempre a pé ela transpunha montanhas e ladeiras, ou percorria antigas estradas, ao longo do litoral da região de San’in, equivalente à distância entre Ayabe e Izumo, ou seja, cerca de 300 quilômetros de ida, e mais de 600 quilômetros de ida e volta. Aquela senhora realizava essa longa viagem de ida e volta durante vinte dias, sempre estando à frente do seu grupo. Lembrando-me disso, — da importância do trabalho sagrado da Fundadora, sua absoluta fidelidade a Deus, e sua reta fé em Deus — todas essas coisas me fazem baixar profundamente a cabeça perante ela.


Não posso praticar um ascetismo tão rigoroso, como faziam a Senhora Fundadora e os crentes daquela época, mas nesta visita de adoração a Izumo, senti fortemente, ao pensar em meu caso, que devo me esforçar por aproximar-me, pelo menos um pouco, da pura Crença em Deus, como faziam os antigos crentes, e de sua severa retidão e seriedade.


Ao centro local de Izumo, que desde as primeiras épocas já preparava todos os ofícios divinos e outros eventos, a todos os crentes do distrito de San’in, e a todos os demais eu apresento sinceramente a minha gratidão.


Então, a presente Grande Missa de Zuisei é tão memorável: a 12 de julho do 4º ano de Meiji de 1871 (segundo o calendário lunar), nasceu o Santo Mestre, e desta vez registramos o seu 150º aniversário. Ademais, em breve chegará também o dia festivo, isto é, do centenário do ditado, pelo Santo Mestre, da obra da salvação do mundo: Contos do Mundo Espiritual, no dia 18 de outubro da era Tayshoo (1921). Julgo-me muito feliz pelo meu encontro com o único “nó” (ano), com profundo relacionamento com o Santo Mestre, Shin’nyo Espírito de Mizu (Zui Rei Shin’nyo). E, como mostra o ensinamento, sinto diariamente que nos encontramos na grande encruzilhada da época.


Desde a época em que apareceu o novo corona-vírus, propagando-se a epidemia e espalhando-se a infecção através do mundo, já decorreu um ano e meio. Do início deste ano apareceu uma variante mutacional, ou variante Delta, pelo que se diz, com infecção mais forte, tornando-se esta, dia após dia, mais furiosa. Enquanto isso, realizaram-se em Tóquio as Olimpíadas, e eu fiquei muito preocupada, em virtude da maior propagação da infecção.


Em virtude do prolongado sintoma de infecção causado pelo novo corona-vírus, além de sua cura e do tratamento, também o financiamento se encontra numa difícil situação de urgência, e isso impõe uma extrema tensão à nossa vida diária. Ademais, no início, quando apareceu o vírus, pedia-se que as pessoas do mundo inteiro enfrentassem, em colaboração, essa difícil situação, reunindo seus respectivos conhecimentos, ou fossem de opinião de que os seres humanos devam habilmente coexistir e conviver com o vírus, restringindo os danos, porque também esse vírus faz parte do sistema ecológico. Ultimamente, porém, no interior do turbilhão coronário aparecem superficialmente diversas discriminações, ou sejam, raciais, nacionalistas etc. Além disso, descobrem-se resistências, conflitos, intensos egoísmos e inimizades; então, sinto que o mundo pouco a pouco vai se tornando, de algum modo, deformado pelas muitas contradições.


Quanto à vacinação, me aflijo sobre alguns pontos. Afinal, a vacinação não pode ser obrigatória, não podendo também ser imposta a ninguém; cada um deve decidir de acordo com sua própria vontade. Receio, porém, de antemão, a tendência de se obrigar, por pressão, discriminação ou pela exigência de se restringir as ações. Apesar, porém, de ainda existirem muitas coisas obscuras, como, por exemplo, o efeito preventivo (da vacina), o risco da inoculação etc. — atualmente as pessoas de mais de 12 anos de idade tornam-se alvos da vacinação, e, no entanto, estou muito preocupada pelo fato de que muitas vezes se examina a propagação do objetivo, de acordo com o atual estado, de pessoas de menos de 11 até os 5 anos, de menos de 5 anos até os 2 anos, e mesmo as criancinhas de 6 meses.


A atual vacina, como vocês sabem muito bem, difere da que era usada até agora: era feita, usando-se parte de dados genéticos. Enquanto durava a prova clínica, agnosticava-se como exemplo excepcional, pois desta vez o caso é urgente. Quanto ao efeito secundário verificado durante um curto período, ele se torna claro num certo grau, mas, quanto à influência durante um longo período, como, por exemplo, depois de dois anos, depois de cinco anos, depois de dez anos ou mais, além de gerações, fico preocupada.


Desde a sua origem, o corpo humano tem a faculdade de derrotar diversas doenças por sua natural imunidade congênita. Para essas pessoas, vacinadas ou não vacinadas, de acordo com as circunstâncias, agora é absolutamente importante aplicar suficientemente os recursos contra a infecção, e, com base nisso, praticar as formas geralmente conhecidas, desde a antiguidade, de aumentar intensidade da imunidade, esforçando-se por alimentar-se convenientemente, por praticar moderadamente algum esporte, dormir suficientemente e procurar rir, diminuir,o quanto possível, o estresse, procurando relaxar-se. Juntamente com isso, seguindo os ensinamentos dos sucessivos fundadores de doutrinas, apanhemos positivamente um punhado de terra, uma folha de pinheiro, umê em conserva, extrato de umê etc., não nos esquecendo de manter uma gratidão cordial, oremos com sinceridade a Deus, rogando-Lhe, não somente por nós, mas também assim: “Tende a bondade de transformar as grandes dificuldades do mundo em pequenas, as pequenas em absolutamente nenhumas”. Atualmente, quando se tornam mais rápidas as mudanças, esforcemo-nos por conquistarmos, sem esperar nada dos seres humanos. E nós mesmos pensemos e julguemos, a fim de que nós mesmos possamos agir. É, pois, necessário demonstrar, suficientemente, a função de um espírito dotado de quatro qualidades (Ichirei-shikon),pelo qual Deus nos dotou — penso eu.


Não existe um mal

impossível de curar,

pois de modo algum

não existe um maldoso

infeliz: vigora Deus.


extraído do 62º volume do Contos do Mundo Espiritual


Aguardando a chegada do mundo demonstrada nos uta do Santo Mestre, e prosseguindo na prece pelo fim do corona-vírus, juntamente com todos os senhores, desejo cordialmente que, mesmo um dia mais cedo, façam uma visita em que eu possa ver os seus rostos com sorrisos sinceros.


Finalmente, no dia 27 do último mês, foi registrado como cultura hereditária do mundo o grupo de ruínas Jomon em Hokkaido e do Toohokuen Setentrional. Na Era de Jomon, pelo que se diz, durou mais de dez mil anos a sociedade pacífica em favor da rica natureza sem conflitos. Como os seres humanos da época Jomon mantinham a sociedade pacífica, amparando-se uns aos outros, ajudando-se reciprocamente, sem se imporem mutuamente, e respeitando a individualidade do próximo, do mesmo modo respeitemos e estimemos ao próximo, visando a um mundo em que a humanidade e todos os demais seres vivam serenamente em harmonia, com um eterno sorriso, para que este mundo não tome a direção de antagonismos e de conflitos, cheio de egoísmo e inimizade. E para que possamos efetivar a figura de “Wagoo no ume” (harmoniosa flor de umê), quero caminhar orando juntamente com vocês, caros crentes.


Eu vos agradeço cordialmente pela vossa visita de adoração, apesar do intenso calor.


Eu, com meus irmãos

da Oomoto vamos

tudo fazer por

Ter “Wagoo no Ume”

deste mundo em transição.


7 de agosto, 3º ano de Reiwa

Kurenai DEGUCHI

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